domingo, 27 de fevereiro de 2011

AFERIÇÃO DE TAXIMETROS EM SÃO PAULO

Taxistas ''invadem'' Interlagos entre 18h e meia-noite
Aferição de taxímetro de acordo com nova tarifa é feita no autódromo; motoristas aproveitam e ''tiram uma lasquinha'' da pista


Se algum desavisado aparecer no Autódromo de Interlagos entre 18h e 0h por esses dias, tomará um susto. "Uma corrida de táxis?", pensará. É o que parece mesmo. Desde 19/01/11, o circuito é utilizado para a verificação dos taxímetros dos 33.000 táxis que circulam em São Paulo - os aparelhos têm de estar regulados de acordo com a nova tarifa, em vigor desde 15/01/11.
Os carros ficam no bolsão de estacionamento do autódromo. Mil carros por dia, 200 por hora. Às 18h, quando é dada a largada para o serviço, eles são orientados, em grupos, a subir para os boxes. Ali, cada taxista parte para uma volta com um fiscal - são 20 - do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), autarquia responsável pela aferição dos equipamentos.
Os primeiros 1.080 metros são em "bandeira 1", e o taxímetro precisa marcar R$ 7,70. Depois, vêm os 1.160 metros em "bandeira 2" - R$ 9,80.
Antes de ser liberado, o motorista ainda fica 35 segundos parado e, por esse tempo, a variação no taxímetro precisa ser de R$ 0,30.
Medidos, portanto, movimento e hora parada, o motorista pode ter seu taxímetro lacrado. Está OK. Se for reprovado, o que tem acontecido com cerca de 22 por dia, (mais de 10%) deve retornar à oficina que regulou o taxímetro.
TAXISTAS
O sorrisão estampado no rosto deles ao entrar na reta dos boxes já denuncia: para quem gosta de carros, dirigir no autódromo, ainda que a uma velocidade que dificilmente passará de 60 km/h, é um sonho.
"Eu sou fã de automobilismo e nunca tinha entrado no autódromo. Agora já até dei uma volta", conta Osmar Soares, de 71 anos.
Uma semana depois de testar seu carro, foi de novo. Desta vez acompanhando o filho, também taxista, Wagner, de 48 anos. "Eu venho a Interlagos pelo menos 4 vezes por ano, para ver as corridas. É muito bacana dirigir aqui".
Joselias Bezerra também é só felicidade. "É bonito demais o autódromo por dentro", comenta. Para Ivan do Nascimento, de 63 anos, a experiência teve um quê de nostalgia. Em 1990, a serviço de uma emissora de TV, ele também deu suas voltinhas em Interlagos. "Era época do GP Brasil de Fórmula 1 e eu dirigi uma Kombi com os equipamentos para instalar na pista", lembra. "O (Ayrton) Senna ainda era vivo. Até vi o (então piloto Gerhard) Berger."
Mas nem tudo é positivo na opinião dos taxistas. Eles não poupam críticas ao serviço. "Antes era descentralizado, então eu fazia lá na zona leste, perto de casa. Agora perco um tempão no deslocamento", diz Wagner. "Isso sem falar na demora."
Antes. A utilização de Interlagos foi possível graças a um acordo do Ipem com a Prefeitura. "Antes, as aferições eram feitas em quatro, cinco pontos, na rua mesmo. Atrapalhava o trânsito", diz Paulo Lopes, diretor de Metrologia Legal do Ipem.
"Também ganhamos em agilidade", afirma Fabiano Marques de Paula, superintendente do Ipem. "Com o autódromo, conseguimos reduzir de 90 para 33 dias úteis o atendimento de todos." As inspeções terminam dia 3 de março.
FIQUE ATENTO
Pegou um táxi por esses dias? Saiba identificar se o taxímetro já foi alterado ou não, para não pagar a mais pela corrida:
Bandeirada a R$ 3,50
Se o valor for o antigo, anterior ao reajuste, o motorista deverá usar a tabela de conversão. Com ela, o taxista compara o valor do taxímetro para informar o que deve ser pago.
Bandeirada a R$ 4,10
Se o taxímetro indicar R$ 4,10, ele já foi ajustado e, portanto, o motorista não poderá usar a tabela de conversão. Esse é o procedimento correto, mesmo se o equipamento não tiver ainda o lacre que informa que taxímetro já foi conferido pelo Ipem e vale até o ano que vem. Nesse caso, ele pode estar dentro da margem dos cinco dias úteis a que tem direito entre a oficina e a checagem em Interlagos.

(http://m.estadao.com.br/noticias/impresso,mobile,675782.htm)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ATOLADO

Domingo, paradeira, fim de mês e eu de plantão.
De repente sai uma corrida para atender o presídio. Como era minha vez eu peguei a corrida.
Eu já estava me dirigindo em direção ao presídio e vi um casal de índios fazendo sinal para eu parar.
Pensei rapidamente, pego esses índios, levo ali na aldeia (que é caminho para o presídio) e faço duas corridas em uma. Beleza.
Parei o carro.
Os dois entraram, subiram e eu arranquei com o carro e perguntei:
- Para o Marçal ? (O nome da aldeia urbana é Marçal de Souza em homenagem ao líder Guarani) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A7al_de_Souza_(l%C3%ADder_guarani-nhandev%C3%A1))
A velha, que era mãe do rapaz respondeu:
- Não fio, vamo pra Uniderp Agrárias.
Pensei com meus botões, “- Vixe, e agora?”
Mas, lembrei rapidamente que a Uniderp Agrárias não era tão longe do presídio e que ainda dava para fazer duas corridas em uma. Vamos lá!
Rumei para o lado da Agrárias igual a um foguete. Afinal, tinha tempo para embarcar o pessoal no presídio.
Quando cheguei na frente da faculdade perguntei a velha indígena.
- Onde é senhora?
- Vire aqui e desce.
Foi quando eu vi o areião que eu ia me meter. Tudo bem, depois eu mandava lavar a nave.
Coloquei o carro naquela areia fofa e que estava molhada por causa de uma forte garoa que havia caído.
Quando cheguei no fim da rua a mulher disse para eu virar a direita e seguir até o final.
Eu já preocupado com o horário fui rápido. Correndo na verdade.
- Vira aqui agora.
- Agora aqui.
E eu nervoso porque já estava perdido e ia ser complicado eu sair dali em tempo hábil para embarcar no presídio.
Foi quando o índio que estava sentado na frente, que estava bêbado falou para me acalmar.
-É aqui moço.
Pensei comigo mesmo, todo suado, - Graças a Deus.
Ele saiu e a anciã ficou para pagar a corrida.
Devolvi o troco e quando fui fazer a manobra de volta para tentar voltar pelo mesmo caminho que eu tinha vindo, o carro atolou. E não foi pouco.
Aquela areia fofa e marrom não foi amigável comigo.
Eu acelerava pra frente e nada, pra traz e nada.
Virava o volante para a direita e nada, e para a esquerda e nada também.
Eu já tinha saído de atoleiros em outras ocasiões, mas esse, tava muito difícil.
Quanto mais eu acelerava mais o carro afundava. Comecei a ficar preocupado.
Daí eu ouvi a menina do rádio me chamar.
- Zero sete, zero sete, qual o seu QTH ?
Ferrou, pensei. O que vou falar agora.
Eu respondi ao rádio dizendo que eu estava atolado.
A operadora perguntou se eu queria um guincho, eu respondi que por enquanto eu estava tentando sair e que qualquer coisa eu solicitava ela novamente para pedir o guincho.
Foi quando um engraçadinho na freqüência falou:
- Uai central? Como que o zero sete atolou no caminho para o presídio se é tudo asfaltado?
Putz! Fiquei quieto.
Foi quando o índio bêbado chegou com um pedaço de concreto que ele tinha arrumado sabe lá Deus de onde e colocou debaixo do pneu.
Foi quando eu ouvi a central soltar a corrida do presídio novamente.
Pensei. Beleza, agora o passageiro não vai ficar sem o Táxi. E eu vou poder me explicar.
Nisso o carro já tava todo sujo de areia. Tinha areia até no teto, pelo lado de dentro. E eu já tava todo "à milanesa".
Desci do Táxi e ajudei o índio a colocar a viga debaixo da roda.
Liguei o carro e comecei a acelerar. A viga limpou o pneu e eu vi que tinha boas chances de sair dali.
Sai para ver como estava a situação.
Voltei para o carro e consegui com algum custo sair dali.
- Obrigado! Falei para o índio e fui embora.
Sai tão desorientado que peguei o caminho contrário ao que vim. E fui embora. Fui pelo rumo da minha consciência.
O sol já havia saído eu segui reto.
Uma vez eu ouvi dizer que por dentro saía lá no presídio.
E fui indo. Fui parando e perguntando, o pessoal informando e fui levando o Táxi em direção ao presídio.
Foi a maior alegria quando eu vi a torre do presídio.
- Graças a Deus! Eu disse aliviado.
Voltei para o ponto e lavei o carro. Não tinha condições nenhuma de continuar a trabalhar com o carro naquele estado.
Moral da história.
“Não seja zoiudo, não queira abraçar o mundo com as pernas.”

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

BOZO PERDIDO

Uma noite saiu uma corrida num bairro distante da cidade.
O Bozo (Bozo é um daqueles Taxistas que não sabe ler nem escrever, mas, tem um coração de ouro, gente fina mesmo, é uma das figuras mais conhecidas no Táxi de Campo Grande-MS, querido por todos, só que é um voador de marca maior) bicorou a corrida, voando, pra variar.
E rumou o Siena pro lado da corrida.
Quando ele chegou no bairro ele chamou a central.
- Prossiga! Respondeu a central.
- Central não tô achando o ps. Já achei o número da casa. Só não achei a rua.
Put4 que partiu. Não teve jeito de não rir.
No outro dia só se falava nisso nos pontos de Táxi ou nos lava-jatos ou nas rodinhas mais comentadas. Ainda bem que teve um Taxista que coordenou direitinho onde ele tinha que ir, e ele conseguiu embarcar o ps no tempo estipulado pela Coopertáxi.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TROCO PRA R$ 100,00

Certa tarde, uma chuva danada e eu estava na região central de Campo Grande-MS. Quando chamou uma corrida.
- Unidade para atender o bairro Santa Fé, na Rua Zezé Flores (o número eu não lembro) com troco para cem reais.
Eu rumei pros lados da Av. Ceará. Afinal, essas corridas sempre rendem um bom dinheiro e eu tinha levado um dinheiro para pagar uma conta, então, eu tinha troco nesta ocasião.
A central chamou de novo. Não tive dúvidas.
- To aqui central saindo do Comper da Mato Grosso.
- Embarca.
Detalhe, eu estava na Av. Antônio Maria Coelho com a 25 de Dezembro. Outra coisa, eu trabalhava na Coopertáxi e a lei lá é bem clara. Quem for pego voando leva 10 dias de suspensão do rádio.
Corri feito um louco. Quando cheguei no endereço veio um rapaz com uma nota de cem reais na mão e entrou no carro, todo molhado disse:
- Moço, anda com esse carro até dá cinco reais porque eu preciso só trocar essa nota.
Eu fiquei puto de raiva, queria esgoelar o puto.
Eu tinha voado, corrido risco de ser pego ou de bater o Táxi pro cara fazer isso comigo, trocar um dinheiro, Fil%$ de uma P*t4.
Negativo, pensei.
Chovia muito. Travei as portas e arranquei com o carro. E fui indo numa velocidade razoável. Passei cinco quadras em direção ao centro e cara falou aqui já tá bom. Já meio assustado.
- Então o Sr. faça o favor de descer do Táxi.
Ele veio me entregando a nota de cem reais.
- Essa corrida fica por conta da casa, eu não vou cobrar.
- Como não? Eu tenho que trocar essa grana.
- Desce do carro rápido. Falei sério. Isso não se faz, não to aqui para brincadeiras seu moleque. Vaza!
O cara ficou mais puto do que eu. Afinal de contas, ele não tinha atingido seu objetivo que era trocar a nota de cem e ainda tava na chuva e longe de onde ele deveria estar.
Sacanagem é paga com sacanagem.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

GRAMÁTICA

Fui passar o corretor ortográfico desse Site que hoje hospeda meu Blog e percebi uma coisa que eu ainda não tinha me atentado.
Serei breve.
Ocorreram mudanças na forma escrita da nossa língua. Mudanças essas ridículas, diga-se de passagem.
Eu, como lingüista formado que sou e defensor da nossa emancipação total de Portugal, não aceito que chamem nossa língua de portuguesa. Pelo simples fato dela não ser. Não aceito esse tratado ridículo que nos faz aproximar do português e nos distanciar da nossa verdadeira língua.
Nós falamos o Brasileiro ou língua brasileira e não o português do Brasil, como muitos falam.
Pois bem, ocorreram algumas mudanças das quais eu não seguirei. Continuarei a usar a trema e todos os outros aparatos lingüísticos de outrora.
Só to deixando isso claro, porque amanhã ou depois, vem alguém e diz que a minha escrita está errada.

O VELHO

Noite dessas, céu estrelado, dando frete e eu peguei uma corrida pro Shopping. Aproveitei, como sempre, para dar uma atracada. De leve.
Foi quando chegou um velho e perguntou se eu estava livre.
Disse que sim, e ele fez a sua família entrar no Táxi.
A família dele, naquele momento, era a mulher e um casal de netos, que tinha entre 12 e 14 anos.
Todos tinham saído do Mac Donald e ainda estavam com as comidas na mão.
Porém, estava tudo embalado para viagem.
Até ai, tudo bem.
Saí do Shopping e fui em direção á Rua das Garças, que era onde o velho e sua família iria ficar.
Pois bem!
Conversa vai, conversa vem e quando estávamos chegando perto do destino o velho abriu a coca-cola dele e derramou um pouco de propósito no chão do carro.
Eu fiquei louco!
- Ou, o Sr. tá louco?
- Foi só um pouquinho. Não molhou muito não. Disse o velho.
- Poxa vida! Depois vou ter que lavar esse tapete. Sacanagem do Sr.. Já falei puto da vida.
- É ali a casa. Disse o velho.
Quando parei o carro a família do velho desceu e eu olhei pra traz e vi que tinha muita sujeira no banco de traz. Tinha batata-frita, guardanapo, canudo de refrigerante, palito de dente e copo de refrigerante.
Daí, passei a mão e joguei as coisas no chão, frente a casa do velho.
O velho não agüentou!
- Você tá louco? Sujando a porta da minha casa? Disse o velho já fora do carro.
A corrida tinha dado R$ 08,00 mas, decidi cobrar R$ 15,00.
- Deu 15. Eu disse ao velho.
Ele me deu uma nota de R$ 10,00 e disse: - Só deu 8. Só pago 8. E você tem que juntar essa sujeira aqui.
- Seu velho porco de família porca e Fil%$ de uma P*t4. vai tomar no seu c*. Foi sua família porca que sujou meu carro e eu joguei ai porque vocês são porcos.
- O que?Seu mal educado! Disse o velho.
Engatei a primeira e fui embora pro ponto.
Que porco Fil%$ de uma P*t4 o velho e a família.
O troco? Fiquei pra mim. Afinal de contas, tive que lavar o tapete assim que cheguei no ponto.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

IMPOSTOS

A Prefeitura Municipal de Campo Grande-MS está fazendo gracinhas para com os Taxistas desta Capital.
Tem mandando para nossas residências alguns impostos descabíveis.
Ora, já estamos pagando o INSS R$ 65,00 (sendo que, não tenho certeza ainda, mas, me disseram que quem tem quem pagar o INSS é o patrão e não o empregado)
Agora a Prefeitura inventou mais dois impostos o ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza)
e o famoso ISS (Imposto Sobre o Solo) Imposto do uso do solo. O imposto do solo quem sempre pagou foi o dono do alvará e agora a Prefeitura quer cobrar do Curiango. Então tá cobrando o mesmo imposto duas vezes?
Qualquer novidade posto aqui.
Cuidado com essas medidas impopulares Dr. Sr. Prefeito.

RENATO TEIXEIRA

Quem pensa que Campo Grande-MS é uma cidade pacata e que não tem eventos, precisa rever seus conceitos.
Tem muito artista que vem aqui. No anonimato, mas vem.
Certa noite peguei uma corrida e fui desembarcar no aeroporto.
Quando eu tava desembarcando o ps, voltando o troco e pegando a mala dele para por num carrinho, eis que vejo uma figura conhecida.
Não tive dúvidas.
Peguei meu caderninho onde faço minhas anotações e fui pedir um autógrafo ao cantor.
- Oi, com licença! Chamei o homem que ia de preto.
- Boa noite Geraldo Vandré, o Sr. poderia me dar seu autógrafo? Eu disse, já entregando o caderninho e a caneta ao artista.
Foi quando ele ajeitando os óculos me disse.
- Eu vou lhe dar o autógrafo. Mas, com uma condição. Da próxima vez que você me vir, me chama de Renato Teixeira. E deu uma risada.
- Putz! Foi mal. É a emoção de encontrar o Sr. por aqui. O Sr. me perdoa, (Não sabia se pegava o caderninho de volta ou se juntava minha cara que tinha despencado no saguão do aeroporto) gosto muito da sua música “Romaria” e também aquela outra “Amanheceu”, mil desculpas, desculpa mesmo, não tive a intenção.
E após ele autografar e fechar meu caderninho, ele me diz:
- Puxa vida! Já me confundiram com muita gente. Até com o Zé Ramalho, mas, com o Geraldo Vandré, é a primeira vez. E deu risada.
Eu com um sorriso amarelo disse:
- Mil desculpas mais uma vez, tenha uma boa viagem e obrigado pelo autógrafo.
Que mico!