quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TIPOS DE ACERTO

Em Campo Grande-MS o Taxista não têm seus direitos trabalhistas, assim como qualquer outro profissional autônomo.
Não temos direito a férias, décimo terceiro, F.G.T.S., auxílio natalidade e nem tão pouco a licença maternidade.
Não temos o tão falado vínculo empregatício.
Mas, veja bem.
Se, eu não cumpro o horário estipulado pelo patrão, sou mandando embora. Se eu não cuidar do meu objeto de trabalho, sou mandando embora. Se minha produtividade não for a desejada, sou mandado embora. Se a minha produtividade cai, sou mandado embora.
Ora, isso tudo me lembra muito uma empresa, me lembra da época em que eu era empregado e tinha o vínculo empregatício. Fora além do que, algumas pessoas em Campo Grande-MS, já são empresas de Táxi, pelo tanto de Táxi que tem.
Somos tratados como autônomo.
Sendo assim, não temos salário.
Então, vou dizer como são feitos os acertos como o dono do Táxi.
Existem 3 tipos básicos de acerto, são eles:
Porcentagem:
Nesse caso o Curiango trabalha e no fim do seu plantão, ele pega todo o dinheiro que ele arrecadou durante o plantão, tira o que ele gastou com almoço, janta, cigarro (se o curiango fumar, lógico) e outros gastos e o que sobrar ele abastece o carro, lava o carro e daí ele tira 70% (setenta por cento) para o patrão e fica com os outros 30% (trinta por cento).
Quilometro ou Kilômetro ou KM:
Nesse caso o curiango anota a quilometragem inicial e trabalha, e no fim do seu plantão, ele anota a quilometragem final, daí ele soma quantos KM ele rodou durante esse período e multiplica pelo preço do KM acertado com o patrão, e paga para o dono do carro esse valor. Com o que sobrou de dinheiro, ele lava e abastece o carro. Supomos que o preço do KM seja de R$ 0,65 e o Curiango rodou 123 KM. Daí temos: 123x0,65 = R$ 79,95 para o patrão.
Diária:
Nesse caso o Curiango trabalha e no fim do seu plantão, ele paga uma diária estipulada pelo dono do carro. Com o que sobrou ele abastece o carro e lava o carro.
Infelizmente o que temos que entender é que não existe a profissão de Taxista. Portanto, fica muito complicado/difícil criar mecanismos de vínculo empregatício. Apesar de que tudo o que se acorda entre o dono do carro e o curiango caracterizam-se como vínculo empregatício.
Temos que entender também que o Curiango aluga o carro, seja o aluguel por KM, por Diária ou por Porcentagem. Então, não tem muito o que reclamar. O que tem que ser feito é uma lei especifica para a categoria. Porém, como fazer lei para uma categoria que todo mundo sabe que existe, mas, que não é profissão? Complicado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário